“Pouco importa às pessoas saber que têm os direitos reconhecidos
em princípio, se o exercício deles lhes é negado na prática.
Liberdade de expressão com apreensões administrativas,
censura, autorização e caução prévia não adianta.
Liberdade de reunião e de associação quando e para o Governo entender, não resulta.
Liberdade física com possibilidade de prisões policiais prolongadas e incontroladas judicialmente e de interrogatórios sem a presença de defensor, não é garantia.
Liberdade de reunião e de associação quando e para o Governo entender, não resulta.
Liberdade física com possibilidade de prisões policiais prolongadas e incontroladas judicialmente e de interrogatórios sem a presença de defensor, não é garantia.
Liberdade política sem projecção efectiva e sem instrumentos
de exercício não passa de ilusão.
O Governo nisto vê, sobretudo, a segurança da sociedade que
comanda.
Eu sinto a insegurança da pessoa oprimida e atenho-me à
Constituição, como único instrumento eficaz”.
Francisco Sá Carneiro, Fevereiro de 1973, in Jornal Expresso, artigo cortado pela censura.
Para lá seguimos outra vez. E vamos todos a galope. Uns em cima do cavalo
e outros a rasto.
Catarina Vilas Boas
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